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VESTES DO POVO BANTU SIMBOLIZAM CONHECIMENTO DA VERDADE, PUREZA, HONRA, REALEZA E A GLÓRIA DE NZAMBI TATA



Em entrevista exclusiva ao portal de notícias Destaques.ao, a Princesa Uenankenda Bomengo, gestora do Uenankenda Atelier, um dos renomados Ateliers do Reino de TadiDiambuisu vó TadiDiantedimisi, destacou a importância das vestes na cultura Bantu.


Segundo a Princesa, sob a orientação do Rei do Povo Bantu, as vestes simbolizam o conhecimento da verdade, a pureza, a honra, a realeza e a glória de Nzambi Tata.


A Princesa sublinhou que este é o tempo da verdade e que, com os ensinamentos do Grande Rei TadiDiambuisu vó TadiDiantedimisi, nenhum Bantu, africano ou justo na terra continuará a vestir-se de forma indecente.


“Hoje temos Leis Justas e compreendemos o verdadeiro significado das vestes no nosso corpo”, afirmou, reforçando a relevância do resgate cultural e espiritual promovido pelo Reino.


Manuel Augusto (MA) - Qual é o significado cultural das vestes tradicionais usadas pelo povo Bantu?


Uenankenda Bomengo (UB)- Nós temos a Lei de Tadi, que é a Lei de Nzambi Tata, o Criador de Todo Sistema Universal, e, é esta Lei que nos ensina a forma de viver, não apenas a nós do Reino, mas para todas as pessoas na terra, porque a cultura do povo Bantu, é uma cultura ancestral que todos os povos devem adoptar por ser justa e verdadeira.



Eu por exemplo aprendi que as nossas vestes representam a nossa Sabedoria que está no nosso Grande REI TadiDiantedimisi; As vestes para o nosso povo representam igualmente a nossa decência, história, honra, pureza e a sabedoria do nosso povo.


Este é o significado cultural das nossas vestes. Toda terra deve olhar para o Reino Kongo e aprender connosco como se deve vestir. É só olharem para nós, e vão ver que somos diferentes e espectaculares.


As nossas vestes representam o nível de conhecimento que temos, isto é , quanto mais conhecimento da verdade a pessoa tiver, mais ela vai entender que precisa cobrir o seu corpo, porque as nossas vestes representam igualmente conhecimento, honra, realeza e glória de Nzambi Tata.


E quanto menos conhecimento da Verdade a pessoa tiver, menos se vai cobrir também. É assim que aprendemos na nossa Escola de Sabedoria pelo nosso Grande REI e também na qualidade de gestora de um dos Ateliê do Reino, temos estado a ensinar isso aos nossos clientes.


MA- Como as vestimentas masculinas e femininas reflectem os valores e as tradições bantu?


UB- Nosso Divino Ntothila TadiDiambuisu vó TadiDiantedimisi, ensinou-nos que tudo no universo tem e obedece uma hierarquia. Os machos são a cabeça e estão em cima ou no topo e as fêmeas são os membros do corpo que estão por baixo ou em posição de submissão, então, isso também se verifica nas vestes.


Os machos ( homens), não devem usar vestes de padrão feminino, e as fêmeas ( mulheres), não devem usar vestes de padrão masculino, por isso nós as mulheres não usamos calças, só para exemplificar.


E uma das principais regras, tem que ver com o lado certo de abotoar ou fechar as vestes de cada gênero. Como o macho é cabeça e está em cima, então as vestes masculinas fecham do lado macho, ou seja, a parte de cima fica no lado macho ou direito e a parte de baixo no lado fêmea ou esquerdo, porque o Macho é a Ordem e a Fêmea é a submissão.


As vestes femininas fecham ou devem ser abotoadas de forma inversa, do lado fêmea para o lado macho. É assim que está na Lei que é a nossa tradição.




MA- Quais são os principais símbolos representados nas vestes tradicionais do povo bantu?


UB- Bem, eu penso que a primeira coisa que as pessoas vão notar quando olharem para nossas vestes é o símbolo da Sabedoria do nosso povo que está no nosso Grande REI.


As nossas roupas ou vestes nos identificam como um povo sábio e puro, este é o principal símbolo. Temos a nossa ancestralidade e a imagem de Nzambi Tata nas nossas vestes, por isso é decência total e pureza total.


Outros símbolos representados nas nossas vestes são as nossas letras e nossos números “Kintu”, as nossas insígnias e outros símbolos de soberania que podem aprender se entrarem na Escola de Sabedoria Ntu.


MA- Quando é que uma vestimenta é considerada inapropriada dentro da cultura bantu?


UB- Isso é bem simples, quando está fora dos padrões da Lei ancestral do nosso povo, desde o tipo de tecido, a costura, as cores, e como disse acima, a forma de abotoar, o comprimento e a cobertura do corpo.


É importante terem noção que a indecência é crime universal, porque uma veste que figura o corpo e mostra zonas íntimas é inapropriada.


Modelos ocidentais são inapropriados. Por exemplo, não usamos gravatas e nem vestes que não tapam o quadril ou que fecham de lado errado. Mulher não usa calças e homem não usa saia e nem vestido, só para exemplificar.


MA- Existem rituais específicos associados ao uso ou confecção de vestimentas tradicionais do vosso povo?


UB- Olha, sobre isso, nosso Grande Rei ensina que tudo é ritualístico, então a resposta é SIM.


Quando os estrangeiros nos ensinaram a vestirmos roupas de padrão masculino, isso é um ritual, quando os homens usam camisas que fecham de lado esquerdo, isso é um ritual que demonstra que a mulher tem autoridade sobre o homem e vice-versa. Existem vestes para certas ocasiões e categorias, então é tudo ritualístico.


MA- Qual é o papel das cores nas vestes tradicionais bantu? Existem cores consideradas proibidas ou reservadas para determinadas ocasiões específicas?


UB- Para o povo Ntu, as cores são importantes, muito mesmo, por exemplo: a cor preta para nós não representa luto, mas sim justiça, a cor púrpura em todas suas tonalidades é uma cor exclusiva para o Grande REI e a quem Sua Majestade autorizar, mas o ocidente sempre nos disse são cores de mulheres.


Nossas fardas de serviços na Coroa têm cores específicas para cada categoria e evento real, e, é preciso as pessoas entrarem na Escola para aprenderem sobre as cores nas nossas vestes e simbologia de cada uma.


MA- Os modelos de vestuário variam de acordo com o gênero no contexto bantu? Quais são essas diferenças?


UB- Bem, tal como falei acima, o nosso Divino Ntothila TadiDiambuisu vó TadiDiantedimisi, ensinou-nos que tudo no universo tem hierarquia.


A par dos aspectos já mencionados, as mulheres cobrem a cabeça com kitambala, que muitos conhecem como véu, que é um acessório indispensável nas nossas vestes como mulheres.


Usamos cintos, mas cada gênero com seu estilo, e as roupas íntimas também devem ser diferentes. Não existem vestes do tipo unissexo, que tanto homens quanto mulheres podem vestir.


MA- Quais são os padrões de decência estabelecidos pela tradição bantu em relação às vestimentas?


UB- Digo o seguinte: nós temos Decretos do Grande REI que orientam tanto aos machos como às fêmeas, que abandonem as roupas que figuram ou mostram zonas íntimas.


Devemos usar camisas, blusas, mantos, vestidos que tapem o quadril e que escondem todo formato íntimo do nosso corpo.


As zonas que crescem cabelos no vosso corpo, pertencem apenas aos nossos maridos e para os homens pertencem às suas mulheres; os nossos vestidos, panos e saias devem descer até os nossos pés.


As golas devem ser altas e que cobrem o pescoço.


MA- Como o povo bantu lida com a influência das vestimentas ocidentais em contraste com as roupas tradicionais?


UB- A nossa cultura sobre as vestimentas não tem nada a ver com o que chamam de cultura africana em que as pessoas devem se vestir de panos ou roupas feitas de pano apenas, e totalmente indecentes, com tronco nu e partes do corpo totalmente expostas.


A cultura ocidental que nada tem a ver com o nosso povo, com a nossa ancestralidade e com as leis universais da justiça , nos ensinou por meio da colonização que a nossa forma de vestimentas é o de amarrar capulanas ou panos , cordas e de tronco nu. Não é nada isso.


Portanto, as vestimentas ocidentais não exercem nenhuma influência sobre nós, agora é tempo de eles aprenderem connosco.


MA- Em que ocasiões as vestes tradicionais são mais valorizadas ou exigidas?


UB- Fico feliz em responder esta pergunta” Risos” porque a nossa decência não tem lugar específico ou ocasião específica, somos decentes em toda a parte.


Todas as nossas vestes em todas as ocasiões representam a nossa verdadeira tradição que é a nossa cultura e a nossa Lei que aprendemos do Grande Rei.


Não temos roupas tradicionais e roupas ocidentais ou modernas separadas, nossas roupas são a nossa tradição, todas elas. Temos sim diferentes vestes para os nossos eventos e segundo a categoria, mas tudo que vestimos é a nossa tradição e nossa Lei, nossa decência é a nossa tradição.


MA- Como a vestimenta bantu contribui para a preservação da identidade cultural angolana?


UB- Como ensina o nosso Grande Rei, Angola é só mais um País que está na região ou na terra que pertence ao Reino do Povo Ntu, o povo Bantu, então a população de Angola deve parar de se vestir nos padrões do Ocidente que nos colonizou, e passar a se vestir nos padrões do Reino que pertence aos nossos Pais e que hoje está sob condução do Grande Rei TadiDiambuisu.


Hoje as pessoas andam nuas nas ruas e ninguém faz nada e ainda são elogiadas, e o pior, dizem que o que é bonito é para se mostrar. Nosso corpo não é televisão pública de tolos para ficar disponível a qualquer pessoa que quiser assistir.


Angola perdeu a cultura ancestral , por isso devemos todos aprender a nossa verdadeira cultura com o Rei de todo nosso povo.


MA- Qual é a importância dos materiais utilizados nas vestes tradicionais e como eles diferem dos materiais ocidentais?


UB- O nosso Divino Ntothila ensina que devemos usar tecidos a base de algodão, de lã e linho, para nossa boa saúde, com ou sem estampas. Então o pano ou capulana ou ainda tecido com estampa, não deve ser visto como sendo a única tradição das nossas vestes, a nossa tradição está na Lei que não permite nos vestirmos como estrangeiros e de forma indecente. Por exemplo, não usamos vestes feitas com materiais retirados de animais (tecidos ou pelos de animais), e nossos símbolos são todos da nossa cultura e espiritualidade.


MA- Existem restrições ou tabus culturais relacionados ao uso de certos tipos de vestimentas pelo povo bantu?


UB- Não digo que seja tabu, mas é sim proibição. Tudo que não for lícito, não usamos. Vestes representam a nossa identidade e o conhecimento que temos, então nós não devemos nos vestir com base na tradição dos estrangeiros.


MA- Princesa Uenankenda Bomengo para finalizar quais os desafios enfrentados para preservar as vestes tradicionais em meio à globalização?


UB- O principal desafio penso que tem a ver com a falta de conhecimento do povo sobre a verdadeira decência e o significado das vestes para o ser humano.


A globalização é que nos matou e chamou a nossa tradição de feitiçaria e de velhice.


Mas, assim que o povo voltar a aprender com o Grande Rei sobre a verdade das vestes, toda terra voltará a ser decente. É isso que falo nos clientes que visitam os nossos ateliês e fogem porque não aceitamos fazer vestes indecentes..





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